Observação: Qualquer semelhança com pessoas ou fatos reais terá sido (ou não) mera coincidência!

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Vida

A arma mais poderosa na luta contra a senescência e a morte é viver o que o presente nos traz!
Alegria e tristeza...dor e amor...tudo!
Simples assim!
Difícil assim!

"E aquilo que nesse momento se revelará aos povos
Surpreenderá a todos não por ser exótico
Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio"

terça-feira, 21 de novembro de 2006

Milhões de milhões de beijos

Uma amiga teve problemas por mandar milhões de milhões de beijos em e-mails enviados aos amigos homens! O fato de enviar os mesmos tantos milhões de beijos para as amigas mulheres não serviu de atenuante!
Minha amiga, pessoas que gostam de cuidados às vezes são mal compreendidas! Pessoas que gostam de abraços apertados, de telefonemas, de bilhetinhos, de e-mails. Que adoram dar e receber bom dia, boa semana, feliz aniversário, te gosto muito, como você está, tenho saudades. Que olham nos olhos, seguram as mãos; que conversam e que sorriem!
Ainda temos sorte de estarmos no Brasil, no Rio de Janeiro! Podia ser bem pior, eu te garanto!
O que eu posso te dizer como quase irmã mais velha? Que dói, mas compensa! Que para cada mal-entendido, vem um carinho; para cada afastamento uma aproximação! E ao final de tudo você ainda pode contar com "a delícia de ser o que é"!
Eu te amo, doce criatura! Milhões de milhões de beijos pra você!

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

Corra lili, corra!


Às vezes me dá uma vontade danada de voltar no tempo e mudar umas histórias!

quarta-feira, 15 de novembro de 2006

Fim e princípio

Ando precisando de uma enorme faxina, daquelas em que se tira sacolas e sacolas de coisas velhas de dentro de casa! Nunca fui de acumular, prefiro ambientes mais limpos e espaçosos. Há algum tempo dei para deixar as coisas acumularem, embolorarem. Como se as coisas tivessem vida própria e uma vontade mais forte que a minha. Fiquei assistindo a instalação do caos como se fosse coisa do destino! Ah! Mas o caos estava enganado com a minha imobilidade! Não era fraqueza, mas, tão somente, indecisão! Sempre segui esta lei: se não sabe o que fazer, não faça nada! E assim fiz, ou melhor, não fiz, por algum tempo!
Agora chega! Não que eu já tenha encontrado o que estava procurando, mas sinto um clima de finalização no ar! O novo que se inicia merece uma faxina!

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

São Darcy e as crianças

Um dos meus quatro leitores anda reclamando da minha fase "mulherzinha"! Pô, comenta assim mesmo, tá?
Mudando de assunto, hoje tinha um rapazinho chorando de fome na rua! Dei uma quentinha e saí arrasada!
A idéia original dos CIEPs era tão boa! Será que adianta rezar para Darcy Ribeiro?????

sábado, 11 de novembro de 2006

Homenagem a quem finalmente viu...

Pois é, minha amiga, atualmente você sabe do que ele gosta, o que o atrai, o que causa medo.
Por muito tempo, esse conhecimento esteve no centro das suas buscas. Como almejou possuir o precioso conhecimento que permitiria conquistá-lo.
Você é muito transparente, ele nem precisaria ser especialista em comportamento humano para enredá-la, desde o inicio. Para ele foi fácil; a você só restou observá-lo atentamente, durante meses, como a aluna mais aplicada... Finalmente tem algo que poderia usar, FINALMENTE!
Mas...incrível! Detestaria usar!
Quanto mais percebe o que ele quer, e que você não é, mais se gosta!
Não que não se admirasse antes, mas pensava apenas no que queria ser, nunca no que detestaria ser!
Descobriu que se gosta exatamente como é!
Não gosta nem um pouco da mulher que ele quer!

sábado, 4 de novembro de 2006

Questão de fé?


Claro que eu acredito na humanidade, Léo. Acredito na nossa capacidade de nos mantermos vivos; na nossa impressionante criatividade; na nossa vontade; na nossa capacidade de trabalho!
Não é uma fé cega; mas uma crença baseada no fato de sempre terem existido humanos capazes de detectar problemas antes dos demais e, de trabalhar, muitas vezes sob perseguição, na conscientização dos seus pares e na solução das crises. E de ter sempre existido um número razoável de humanos dispostos a seguí-los!
Creio! Jamais teria sido mãe se não tivesse fé em uma boa parcela da humanidade!
É só prestarmos um pouco de atençao para vermos os humanos nos quais acredito espalhados pelo planeta e e ao longo da história!
Preste atenção, Léo!

sexta-feira, 27 de outubro de 2006

Lembranças


Não sei se foi a primeira vez que fui ao cinema, mas a lembrança mais antiga que tenho da telona é de ter ido com meu pai assistir Sansão e Dalila, em uma sessão noturna. Como me senti importante! Lembro de estar sentada ao lado do meu pai, afundada naquelas cadeiras de madeira, olhando aquela tela enorme que me contava uma história. Devia ter uns sete ou oito anos e, bom, meu pai era tudo! E ir ao cinema à noite era privilégio de adultos! É uma das lembranças mais nítidas que tenho dessa época!
Havia outras crianças no cinema, pois me lembro de um menino que, antes da sessão começar, passou correndo atrás da fileira onde estávamos sentados e, em um gesto de inacreditável ousadia, passou a mão nos meus cabelos. Não me lembro de tanta proximidade com esse menino novamente, mas aquele foi meu primeiro namoro!
De lá pra cá, inumeráveis sessões que muitas vezes se confundem na memória. Jamais, porém, ir ao cinema deixou de ser um programa especial! E quantas sessões marcaram momentos importantes na minha vida! Se, como diz Mário Quintana, “uma vida não basta ser vivida, também precisa ser sonhada”, a “fábrica de sonhos” tem papel fundamental na minha. Filmes bons, filmes mais ou menos, circuitão ou não, filmes, filmes, filmes... e toda aquela atmosfera de uma sala de cinema. Em companhia de pessoas importantes: família, grandes amizades, grandes amores; ou em minha companhia. Sempre um programa especial!

sábado, 21 de outubro de 2006

Ahhh, Johnny


Ontem peguei "Piratas do Caribe". Ainda não havia visto. Nem vou comentar a atuação do Johnny Depp, esse monstro de ator!
Que fascínio exercem sobre nós os bandidos de cinema! São transgressores cheios de charme!
Só que quando terminou o filme percebi que atualmente não consigo me deixar seduzir por um deles, sem que a realidade do Rio de Janeiro estrague o meu prazer! Coisa mais chata! De repente comecei a pensar na violência da nossa cidade. Nos nossos bandidos, alguns fardados, e nas tragédias que lemos nos jornais todos os dias! No sofrimento da população, principalmente os mais pobres! Sem querer, comecei a lembrar de episódios que aconteceram há pouco tempo, com pessoas conhecidas!
Confesso que tive de fazer força para voltar a entrar no clima do filme. Força para voltar a achar sedutores os bandidos de cinema. Para conseguir colocar a realidade em um lugar separado. Mas consegui, afinal, Johnny é Johnny!!!

terça-feira, 17 de outubro de 2006

Ah a imaginação!!!
Como entendo o sofrimento das pessoas que têm necessidade de compreender cada acontecimento. A angustia causada por uma pequena expressão facial, se essa não for imediatamente encaixada em uma história. A necessidade de controle total, como condição da sensação de paz!
Como se o conhecimento das coisas pudesse fazer com que elas caminhassem pela via da felicidade. Uma peça fora do encaixe da construção mental e tudo parece prestes a ruir sob o peso de uma grande catástrofe.
Quanta imaginação!!!!

domingo, 15 de outubro de 2006

"A vida não é filme você não entendeu"

E ao final de tudo (ou início de tudo), só uma insistente pergunta. Como equilibrar forças contrarias? Necessidades antagônicas?
Viver em insana inconstância?
Escolher uma delas, em um suicídio pela metade? Alguém consegue ser feliz pela metade?
Ah, o famoso caminho do meio... Alguém viu por aí esse rapaz?

sexta-feira, 13 de outubro de 2006

"A minha independência tem algemas"

Alguns são realmente mais independentes do que outros. Preferem encontrar seus próprios rumos, e, o que é mais importante, no seu próprio tempo.
Alguns preferem não se comprometer aqui, se há uma estrada ali e o desconhecido além. O desconhecido é totalmente fascinante, não pelo que é, mas por tudo que poderia ser. Há muitos adultos assim. Que possuem profunda necessidade de independência. Assim, preferem amar o que está um pouco à frente, ou um pouco atrás. Amar independente do sujeito. Amar sem se relacionar. Amar sem depender de nada além de seu próprio sentimento...
Bom ou ruim, não importa!
Mas, que é solitário, é!!! A independência é uma senhora muito ciumenta!
Manoel de Barros diz tudo na frase do título.

domingo, 8 de outubro de 2006

Cinema de domingo

Acabei de assistir "Espelho Mágico" de Manoel de Oliveira.
Concordo mesmo que é uma coisa bem feminina essa de esperar que maravilhas aconteçam.
O risco é deixar de viver...

sábado, 7 de outubro de 2006

"Eu gosto dos que têm fome, dos que morrem de vontade, dos que secam de desejo, dos que ardem..."

Quem é normal?
As pessoas normais são felizes?
Numa época em que existem nomes, diagnósticos e remédios, para vários tipos de comportamento, é inevitável ficar pensando nisso!
São felizes as pessoas equilibradas?
Provavelmente estão em paz!
Quem está em paz consegue criar algo instigante?
Não é difícil entender porque todas as formas de genialidade se alimentam do desequilíbrio. Fico pensando em grandes artistas, cientistas brilhantes. Eram criaturas equilibradas?
A força criativa se alimenta da inquietude. A inquietude é instigante.
Equilíbrio é sinônimo de felicidade?
Paz de espíirito é sinônimo de felicidade?
Quietude é sinônimo de felicidade?

quinta-feira, 5 de outubro de 2006

Simples assim

Adoro esse momento. Noite, tudo em paz, eu e o teclado, escrevendo longas cartas, sem saber exatamente quem vai lê-las! Simplesmente deixando as palavras saírem.
Houve um tempo em que tive de me adaptar a regras rígidas de como escrever. Por vezes era tão desgastante que quase cheguei a duvidar da minha capacidade de me relacionar com o papel. De uns tempos pra cá recuperei a antiga agradável amizade. Sem regras, sem preocupação com quem vai ler, apenas esse momento.
Com a dança também foi assim por um tempo. Dançar foi um enorme prazer, desde pequena. Sou capaz de ficar dançando por horas a fio, sem cansaço, apenas me deixando levar pela música. Na época, porém, em que tentei encaixar a minha dança em regras preestabelecidas, que cheguei a achar aquilo tudo um sofrimento. Fiquei anos afastada e só pude retornar quando percebi que há coisas que só podem ser feitas por prazer. A partir desse momento a dança voltou pra mim.
Hoje tenho de volta a escrita e a dança, e como são minhas amigas essas duas moças!
Aos poucos tenho recuperado ainda outros prazeres antigos. Tenho me lembrado de quem eu era. Hoje percebo que sou tantas! Tenho libertado essas tantas por aí. Que encontrem seu caminho... naturalmente.

terça-feira, 3 de outubro de 2006

"Você não sente não vê mas eu não posso deixar de dizer meu amigo ..."

Hoje uma amiga comentou que há algum tempo nada de novo acontece na vida dela.
Fiquei pensando nisso...

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

"You probably think this song is about you"


Coisa mais divertida buscar sentido para o dia-a-dia!
Quanta imaginação deve estar envolvida nessa busca!

Quantas coisas a gente deve inventar e desinventar para sentir!
Sentir e ter consciência do sentimento, mesmo em meio a diversas atividades.
É muito fácil se atropelar de coisas para fazer e não ter tempo de sentir. O divertido é conseguir dar conta de tudo e ainda sentir, inventar, inventar, sentir... E, melhor ainda, figir que se tem controle sobre tantos sentimentos, afinal, não foram mesmo inventados?
Adoro os seguintes versos de Fernando Pessoa:

"O poeta é um fingidor
Finge tão completamente

Que chega a fingir que é dor

A dor que deveras sente"

Tantas vezes me pego surpresa por descobrir que é real um sentimento que eu achava que tinha criado por pura diversão! Alguns sentimentos são ardilosos! Se deixam ser subestimados e, de repente, assumem o controle e riem da gente! Já outros, coitados, são tão fraquinhos que não conseguimos enganá-los por muito tempo. Logo logo descobrem que não são reais. E coisa mais triste para um sentimento é sofrer esse tipo de humilhação. Os sentimentos adoram comandar...

domingo, 1 de outubro de 2006

Número errado!

Muito estranho não saber em quem votar.
Pela primeira vez na vida, simplesmente não ter candidato!
Muito estranho... Muito desconfortável...
Nunca imaginei uma coisa dessas.
Soa a alienação, mas, não, é simplesmente descrença...

"Hoje preciso de você, com qualquer humor, com qualquer sorriso"

Outro dia uma amiga disse que sentia uma saudade física de outra pessoa.
Achei engraçado, porque para mim a saudade é sempre física.
É claro que ler um e-mail, ver fotos e falar ao telefone abrandam a saudade das pessoas que amamos. Diminuem a falta que sentimos delas.
Porém, a minha saudade precisa de expressões faciais, gestos, cheiros...
Preciso ter as pessoas que amo por perto, com uma certa freqüência. Preciso tê-las com os cinco sentidos.
Só assim a saudade acalma!
Pelo menos por algum tempo...

sábado, 30 de setembro de 2006

Somos felizes porque temos uns aos outros

“Não sei,
Comigo vai tudo azul
contigo vai tudo em paz
Vivemos na melhor cidade
da América do Sul
da América do Sul...
Não sei,
leia na minha camisa
Baby, baby, I love you...”

"É querer estar preso por vontade"

O que eu vi foi "O Segredo de Brokeback Mountain"
Não tinha visto no cinema.
Adoro histórias de amor, principalmente do amor difícil, que, como não é plenamente realizado, nunca sai da fase inicial de turbulência, da fase de "contentamento descontente". Esses são os amores eternos do cinema.
São assim os amores inesquecíveis da vida de muita gente. A maioria deles não resistiria ao convívio. Mas quem se importa? E sempre há aqueles que se transformam em tranqüilos amores duradouros. Mas essa é a fase após "viveram felizes para sempre". Essa não entra na história.

Deixo um soneto de Camões em homenagem aos amores de cinema.

Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?


Ah, o título? Em determinado momento um dos personagens grita para o outro algo como "Por que eu não te deixo?"
Será que ele não sabe mesmo?

sexta-feira, 29 de setembro de 2006

Noite de sexta

DVD, pipoca
Home sweet home...
Friiiio, cobertor

Mães

Existe maravilha maior do que um filho?
Existe criatura mais bela, mais inteligente, mais surpreendente?
Existe cheiro melhor?
Existe maior orgulho? Maior certeza de que a vida tem sentido?
De que a vida tem motivo?
De que a vida vale a pena?
Existe felicidade maior?
Existe?

quinta-feira, 28 de setembro de 2006

“Quando uma pessoa chora seu choro baixinho de lágrima a correr pelo cantinho do olhar ...“


Outro dia eu peguei um filme muito interessante: "Marie-Jo et ses deux amours". É a história de uma mulher que ama dois homens. Uma situação em que ninguém quer entrar e de onde ninguém consegue sair sem dor.
Não é uma história comum, uma história de traição, é uma pungente e bela história de amor onde a felicidade e a dor caminham de mãos dadas, onde não existe felicidade duradoura possível.

Lembrei de "Angie" de Jagger e Richards, pois mostra o sofrimento causado pelos amores sem futuro!
"All the dreams we held so close seemed to go up in smoke
Let me whisper in your ear:
Angie, Angie, where will it lead us from here?
Oh Angie, don't you weep, all your kisses still taste sweet
I hate that sadness in your eyes
But Angie, Angie, ain't it time we said good-bye?
Angie, Angie, they can´t say we never tried."

Como diz Gil, em chororô
"Não se pode duvidar
Da razão daquela dor
Não se pode atrapalhar
Sentindo seja o que for”

"A noiva do cowboy"

Sempre gostei de sonhar!
Quando era pequena ficava passeando pelo jardim inventando histórias e diferentes finais para os acontecimentos diários, finais que eu mudava quantas vezes achasse interessante. Isso era tão divertido quanto brincar com outras crianças e eu passava muito tempo assim.
Ainda gosto de fazer isso. Naqueles momentos antes de dormir, com a luz apagada e tudo em silêncio, ou simplesmente durante o dia, quando estou “de bobeira”. Penso em um momento qualquer da minha vida, escolho um ponto e começo a modificar as coisas. Pequenos acontecimentos, como uma conversa ou um encontro casual se prestam muito bem a isso. Por vezes posso passar dias desenrolando uma pequena história. E elas são sempre muito emocionantes! Não se prestam para o papel, pois são tão maleáveis, mudam tanto, em vários pontos! Não dá para congelá-las! (Fico pensando se os escritores não têm pena de colocar as suas histórias no papel e aprisioná-las a uma forma. Talvez o papel dos leitores seja justamente esse, devolver a maleabilidade às histórias...)
Assim, sonhando acordada, desenvolvi alguns planos que acabaram se realizando, obviamente com rumos próprios, diferentes dos sonhados.
Preciso me lembrar de sonhar e fazer planos até o fim da vida! Talvez essa seja uma das coisas que nos mantém jovens até o fim.

quarta-feira, 27 de setembro de 2006

"Então me diz qual é a graça de já saber o fim da estrada quando se parte rumo ao nada"

Alguém me disse ontem a respeito de outra pessoa: “fulana parou no acostamento e está esperando há mais de um ano ...”
Isso me lembra Carolina, do Chico:
...Lá fora, amor, uma rosa nasceu, todo mundo sambou, uma estrela caiu
Eu bem que mostrei sorrindo, pela janela, ah que lindo
Mas Carolina não viu...
De vez em quando a gente faz isso, não é mesmo? Para no acostamento. Ou então segue em uma direção teimosamente, sem jamais chegar aonde quer, como em “A Seta e o Alvo” de Paulo Moska:
... Te chamo pra festa,
Mas você só quer atingir sua meta.
Sua meta é a seta no alvo,
Mas o alvo, na certa, não te espera...
Há que se ter cuidado e atenção na vida, pra perceber o momento de esperar e o de ir em frente, o de perseverar e o de mudar o rumo. Pra se perceber que uma coisa, por mais que se pareça muitíssimo com o que se quer, não é necessariamente o que se quer. Ou, mais importante ainda, pare saber o que se quer!

terça-feira, 26 de setembro de 2006

"A geleira azul da solidão"

Nunca sonhei amar o que não pudesse ser profundamente afetado por mim
Não, esse sonho não é meu
Só caiu aqui
Não é meu sonho...

Memória olfativa


Todo mundo sabe o que é memória olfativa, também conhecida como “Síndrome de Proust”. A gente sente um cheiro e de repente voltam várias lembranças a ele relacionadas, lembranças que por vezes estavam enterradas há muito tempo. Lembranças que a gente nem sabia mais que tinha. Boas ou ruins.
Mas pode acontecer o contrário. As vezes um acontecimento ou um lugar me lembra um cheiro. Já me ocorreu de passar por um lugar e lembrar do aroma de uma flor que existia lá, mesmo que a planta em questão não estivesse florida!
Outra coisa curiosa é quando um cheiro “pega”. É assim, você sente um cheiro e continua sentindo mesmo após ter se distanciado da sua fonte o suficiente para que nenhuma molécula de aroma a ele relacionada possa estar presente.
Em qualquer que seja o caso, porém, os cheiros estão associados a uma infinidade de emoções.
Deve ser pobre uma vida sem cheiros!

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

O momento certo

Uma das coisas mais importantes para ser feliz é saber detectar o momento certo. Aquele que vai fazer toda a diferença em uma mudança. Aquele que vai determinar se ela vai ser extremamente benéfica ou completamente catastrófica.
Algumas vezes na vida passei pela angústia de ter de decidir o momento exato, para não passar daquele ponto em que não escolher passa a ser uma escolha. Aquele ponto em que não dá mais para voltar, o ponto em que a vida decide por você. Outras vezes, porém, não temos influência na decisão. Aí, não importa se para nós era o momento certo, dependemos também do tempo de outras pessoas. E as pessoas nem sempre estão sincronizadas.
Sinto que isso se torna mais difícil com o amadurecimento. Talvez a memória não esteja muito clara, mas me parece que escolher era mais fácil antigamente. Quando se é muito jovem e se tem muito tempo para errar e acertar e, além disso, não se tem muita clareza das implicações de cada escolha, é mais fácil decidir.
Talvez essa seja uma das grandes questões de um adulto maduro. Não apenas escolher, mas escolher no momento certo!

domingo, 24 de setembro de 2006

“Momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis”


São tão curiosas as relações humanas, não?
Tenho muita curiosidade a respeito das relações que no começo assemelham-se a um reencontro. Você olha uma pessoa, tem aquela sensação de que a conhece de algum lugar e simplesmente não consegue mais ficar longe dela. Acontece poucas vezes na vida e é absolutamente perturbador!
Acreditamos tanto no nosso lado racional e, de repente...
Quando penso nisso lembro de uma uma cena do filme “West side story”, onde os protagonistas estão em uma festa mas não enxergam, nem ouvem, nada que não seja um ao outro.
Sim, os personagens são adolescentes.
E quando ocorre com adultos? Adultos jovens, maduros, idosos, adultos que sonham com isso e adultos que nunca acreditaram que isso seria possível?
O que faz com que uma pessoa se torne importante antes mesmo que você tenha tempo de conhecê-la direito?
E quando depois de conhecer a pessoa e seus defeitos (quem não tem?) ela continua exercendo um tipo de fascínio?
Assim começaram grandes histórias de amor ou de amizade.
Muito curiosas as relações humanas...

Crise dos quarenta?!?!

Muita coisa pra colocar no lugar.
O negócio é saber onde fica o tal lugar.
Antigamente era muito fácil, os planos estavam bem definidos. E como conversávamos sobre isso!
As coisas a serem construídas eram muito claras, com uma ordem muito bem definida (o vestibular, a faculdade, início da vida profissional, a formação da família...), embora alguns de nós tenhamos trocado um pouco a ordem.
E depois dos quarenta? Além da manutenção de tudo o que já foi feito, tem a demolição do que não funcionou, e aí novos esquemas precisam ser criados.
O engraçado é que não me lembro de termos conversado sobre isso ultimamente. Lembro de ter tocado nesse assunto com uma pessoa, que tem 50, que disse que agora só queria terminar de criar os filhos.
Não fiquei muito satisfeita!
Bom , mas como diria Drummond, esse domingo, esse café, botam a gente comovido como o diabo hehe...

sábado, 23 de setembro de 2006

Viva a Cicarelli

Eu vi o vídeo da Daniela Cicarelli com o namorado na praia.
Vi porque uma pessoa muito próxima a chamou de cachorra. Então fui conferir o que faz uma cachorra.
E pasmei!
Achava que uma cachorra era alguma coisa diferente. Mas não, é apenas uma mulher apaixonada, naquele início de namoro, quando o mundo se apaga diante da presença de determinada pessoa.
Uma cachorra é uma mulher em lua-de-mel, que esquece que está na praia, que esquece que tem gente em volta, que esquece que sempre vão existir os espíritos de porco que se ofendem com a felicidade alheia.
Uma cachorra é uma mulher em um raro momento inesquecível, diferente, especial.
Fiquei aliviada, afinal, eu também posso ser chamada de cachorra, e principalmente, porque só quem já amou sabe reconhecer uma cena de amor quando vê!
Os outros que gritem "socorro não estou sentindo nada"!