Observação: Qualquer semelhança com pessoas ou fatos reais terá sido (ou não) mera coincidência!

domingo, 14 de outubro de 2012

E assim caminham os deuses que nada podem...

Foi embora no meio da noite, a paz. Era meia-noite, não lembro de ter sonhado, nada aconteceu, estava bem quando fui dormir, curioso. Falo isso não como desabafo, mas como espectadora curiosa em saber porque essas coisas acontecem. Como pode o humor mudar enquanto se dorme? Talvez seja mesmo qualquer sentimento o resultado do balanço de nanoquantidades de várias coisas que fabricamos, ou não, e que nada existe além disso. E quando digo nada, quero dizer nada mesmo, nada do que pensamos, sentimos, acreditamos, nada do que buscamos, que evitamos, nada, nada, apenas as nanoquantidades agindo no corpo. Talvez tenhamos sido criados por esse nada que, perverso e brincalhão, fica experimentando diferentes balanços químicos e anotando os resultados, por nenhum motivo, só pra não fazer nada. Então somos brinquedos que se acreditam deuses, o que só torna a brincadeira mais divertida. Mas isso tudo alguem já falou, não é mesmo? E não tem importância nenhuma, porque para nós são importantes a paz e a angústia, essas coisas que surgem e que vão quando bem entendem. A enorme impotência diante das coisas me aborrece bastante em manhãs chuvosas de domingo...

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Uma verdade qualquer

Hoje senti saudade. Não uma saudade lógica, nada que se relacione ao tempo, desses que o relogio mede. Você não pode entender. Não deve ter as tais ferramentas, ou apenas compreende o tempo de forma diferente. Entende qualquer coisa, menos uma saudade genuina e ilógica, uma que não pode ser explicada, uma que só é!
Hoje mais uma vez senti aquela solidão, a de ter de fazer diferente do que se é, a fim de poder ser um pouco. Aquela velha sensação de não poder mostrar o que é real, profundamente real, porque totalmente inexplicável. Queria saber, queria lembrar de onde ele vem, esse sentimento de inadequação, de incompreensão, de perplexidade, de não saber lidar.
Amanhã tudo estará diferente. A velha máscara em seu lugar, as velhas trancas, tudo sob controle. As coisas andam muito tempo sob controle ultimamente. Mas ele voltará, o grande terremoto. Virá porque já veio antes, e todos os esquemas estarão mudados, os personagens diferentes, a esperança renascida, e o mesmo velho enredo. A adequação mata a gente...mas nunca por tempo demais!