Observação: Qualquer semelhança com pessoas ou fatos reais terá sido (ou não) mera coincidência!

quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Unhas pretas e Dostoiévski


Acabaram as férias!!!! Esse tempo gasto com trabalhos braçais me valeu mais do que muitos meses de terapia. Tive a oportunidade de pensar calmamente na vida, tomar algumas decisões importantes e resolver algumas questões sobre as quais não pude refletir durante a correria do dia a dia! Sinto-me tranqüila e muito bem disposta, como se tivesse acabado de chegar da Bahia! Falo isso, porque nada como uma estadia em terras baianas para me deixar bem! Chego aqui achando todo mundo neurótico! Embora carioca convicta, sou absolutamente fã dos baianos!
Minhas unhas da mão estão cheias de tinta preta (andei pintando um abajur) e derramei uma lata de tinta cor de alumínio em cima dos pés. Embora tenha quase me afogado em aguarrás, amanhã vou trabalhar com unhas de operária. Paciência!

Minha carreira de pintora fica suspensa por uns tempos! O resultado foi mais que satisfatório! Ficou tudo lindo!

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Ano passado fiquei sem carro por uns dias, por causa de uma batida. Para tornar as cerca de duas horas diárias de viagem (casa-trabalho, trabalho-casa) menos desgastantes, comecei a ler no ônibus! Quando o carro ficou pronto, não quis mais dirigir! São duas horas de leitura por dia, sem nada que atrapalhe ou interrompa! Vou ver se termino "Crime e Castigo"! Confesso que nunca o havia lido! Comecei no finzinho do ano passado e não li uma página em janeiro, ocupada que estava com os meus trabalhos com tinta! Pois voltarei a ele amanhã e assim que terminar, pego o Zorro, da Allende, que uma amiga me emprestou e que está me chamando!
2007 acaba de começar!

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

"Mais estranho que a ficção"

Acabei de chegar do cinema. Vi o filme do título! Gostei demais e sai pensando sobre as pequenas coisas do dia a dia, que, segundo uma das personagens do filme, salvam nossas vidas! Quando cheguei em casa abri o orkut e li um bilhetinho de uma amiga. Estive deprimida há pouco tempo e tive a oportunidade de receber muito apoio e muito carinho. Esse amor, que se recebe no momento em que não se tem condição de dar nada, é absolutamente delicioso e fundamental! Pois eu me sinto amada e apoiada pelos meus amigos antigos e recentes! Definitivamente esse amor salva vidas! Que eu possa sempre retribuir!!!!

P.S. As cadeiras ficaram lindas! Agora ando atracada com uma mesinha. Passei a tarde tirando quilos de tinta da pobre! Descobri o Pintoff! Tem cheiro muito forte e não deve fazer nada bem, mas tira a tinta antiga! Pois a mesinha voltou a parecer de madeira! Agora falta dar uma lixada e pensar se vou pintar ou envernizar. Estou adorando essa nova brincadeira!!

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Eu pintora


Após de um ótimo fim de semana, fora do Rio, com um grupo de amigos, retomei a minha arrumação anual. Resolvi pintar quatro cadeiras antes de estofá-las.
Comprei as cadeiras em uma loja de móveis usados, há uns anos, com a intenção de reformá-las. Finalmente decidi começar o trabalho.
O fato de eu jamais haver pintado nada, além das unhas, me pareceu apenas um pequeno detalhe na época da compra e até hoje de manhã. Os problemas começaram ao entrar em uma loja de tintas. A vendedora insistia em me fazer perguntas sem importância, como o tipo de tinta que eu levaria, o numero da lixa, o tamanho do rolo de espuma e o tipo e tamanho do pincel. A minha óbvia resposta de que eu queria pintar umas cadeiras não parecia satisfazê-la; continuava me olhando com prazer sádico esperando respostas mais detalhadas. Fui socorrida por outra vendedora, de bom coração, que separou o material sem mais perguntas.
Voltei orgulhosa das minhas compras e iniciei a tarefa de lixar as benditas cadeiras. Nunca imaginei que fosse tão cansativo! Muito suor e pó de madeira depois, sob o olhar divertido do estofador, finalmente coloquei o rolinho para funcionar. Já terminei a primeira mão e nenhuma tragédia aconteceu, além da bagunça, é claro! Estou esperançosa de que corra tudo bem!

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007


Pulei cedo da cama!
Nem as férias e o tempo chuvoso, de um friozinho de janeiro, coisa mais estranha, conseguiram me manter debaixo das cobertas!
A casa anda um caos! Chamei o estofador para remediar os danos causados pelos meus amados amigos de quatro patas, a tudo que tem tecido e espuma. O senhor estofador desmontou o que serve para sentar e os pedaços andam espalhados pelos lugares mais inusitados.
Além disso, decidi trocar a estante de lugar. Após retirar todos os objetos e CDs e distribuí-los por várias superfícies, me dei conta de que ainda não sei aonde quero colocá-la. Das superfícies disponíveis, foi poupada apenas uma mesa de canto e uma de centro, utilizadas pelo estofador, como apoio para a máquina de costura e tecidos. Enquanto não decido o lugar da estante, não reponho os objetos.
Quem conseguiria dormir até tarde em tal situação?

domingo, 14 de janeiro de 2007

Amigos de infância


Lidiane mencionou, no Giramundo, o fato de Monteiro Lobato ter dito, certa vez, que crianças poderiam morar nos livros. O post fala sobre o amor da autora pelos livros e sobre sua sede de conhecimento.
A menção a Monteiro Lobato me lembrou um período da minha infância: eu tinha uns 11-12 anos e um caso de doença na família transformou aquela época, na mais difícil da minha vida! Foi quando me aproximei de Kitty, uma colega de escola, que também tinha problemas. Ela se mostrou uma grande amiga e vivemos muitas aventuras infantis juntas!
Kitty tinha uma biblioteca de títulos infanto-juvenis. Toda a coleção de Monteiro Lobato, bem como a Coleção Calouro, das Edições de Ouro. Eu mergulhei nos livros! Passei a morar neles por todo aquele período terrível! Eu vivi uma vida paralela, em um mundo maravilhoso, cheio de amigos incríveis e acontecimentos fantásticos! Era só terminar um livro e ela já me emprestava outro! Eu passava as tardes no meu quarto, mergulhada em fantasia! É claro que o rendimento escolar sofreu muito, mas qual a importância disso naquele momento?
Deixo registrada aqui a minha profunda gratidão a essa amiga de infância e aos autores de livros infanto-juvenis! A vida me deu esse grande presente!

segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

Atirei no que vi...

Ontem foi um domingo surpreendente! Um pequeno contratempo teve como conseqüência tarde e noite muito agradáveis. Conheci novas pessoas, refiz antigos contatos, tive a companhia e o cuidado que andavam esquecidos e descobri amigos onde não os via!
Andei tão obcecada buscando o difícil, o complicado, que nem reparei no que estava construindo. Hoje vejo que a terra que retirei, do buraco que andei cavando, virou um degrau que me leva a novas e agradáveis possibilidades!
Que sejam bem-vindas!
P.S. Prendas do lar
Nada como férias! Tempo!
A máquina de costura que a minha mãe me deu há tempos, na esperança que um dia eu virasse uma mulher prendada, saiu do saco plástico! Havia uma bermuda, cortada de uma calça jeans, que desfiava interminavelmente! Decidi tomar uma providência! Depois de alguns minutos tentando decifrar os intrincados caminhos que a linha deve percorrer, do carretel até a agulha, finalmente inaugurei a máquina! Contive o processo de desfiar com uma costura em zigue-zague!
Estou orgulhosa!
P.S. 2. Inóspita liberdade
Sonhei com uma águia que deverias ser solta em uma ilha de rocha e ventania, sem vegetação! Era a ilha onde viviam as águias!

sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

Luz!

As amendoeiras foram podadas!
Adoro plantas, sempre adorei! Meu avô criava orquideas, minha mãe ocupa boa parte do seu tempo cuidando carinhosamente do seu jardim e eu, bem, digamos que eu tenha ido um pouco além no que se refere às plantas. Dedico a elas boa parte do meu tempo e energia! No entanto, aquelas copas enormes me oprimiam. Sentia-me presa em algum tipo de caverna escura; escondida, isolada!
A luz voltou à varanda! O azul, o verde... As folhas continuam lá, mas já não me separam da rua! Posso me aproximar da janela e me sentir parte do que acontece lá fora, ou então me afastar e ocupar minha mente com outras coisas! Posso escolher!
Fico feliz em ver as amendoeiras!

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

Dias bons!

Sim, eu dancei na festa! Rodopiei, esvoacei, levantei os braços, dei piruetas e sorri! Em uma tarde chuvosa, o som da guitarra e a voz amada do meu Dé me encheram de alegria e senti enorme prazer em um livro e em uma xícara de café! Um anjo veio trabalhar na minha casa. Almocei com um amigo de adolescência e achei divertido conversar e pensar sobre uma provável inexistência de livre-arbítrio. Comprei uma cortina colorida para o boxe e ando pensando na cor do sofá! Voltei a escrever! O cheiro de maresia entra fresco pela minha janela!

terça-feira, 2 de janeiro de 2007

Terra arrasada??????

Como pode a mesma dor que me afundou no escuro, o de não ter mais prazer no que me dá prazer, ter a função libertadora?
Como se fosse a escolha consciente da menor dor entre duas!
Como se a própria angústia da situação adquirisse o estado de terceira dor. E se a terceira se fosse com a segunda, para evitar a primeira, a mais aterrorizante, a mais poderosa!
E os ganhos, há que se pensar nos ganhos...
Ao final do espetáculo, sob a lona que eu enchi, na minha empreitada homérica, restaram pessoas. Algumas bem interessantes! Algumas bem surpreendentes!
Há que se pensar nos ganhos...

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Como diz o meu Dé, o que esperar de um ano que começou em uma segunda-feira chuvosa?
Que as nuvens se dissipem e da terra molhada brotem cores!
Um bom ano de 2007 para nós todos! Um ano de reconstrução!