Observação: Qualquer semelhança com pessoas ou fatos reais terá sido (ou não) mera coincidência!

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Passado

Não é um filme sobre mulheres desequilibradas, como andei lendo por aí, e sim sobre pessoas tentando lidar com perdas. O que vi foi a história de um homem que renuncia à memória quando se recusa a escolher parte se seu passado, representado por fotografias. E por um triz não se perde. E de mulheres buscando encontrar sentido, em meio a dor, ainda que comportando-se como loucas para tentar recuperar um amor perdido. Desequilibradas, mas não desesperadas. O homem, porém, embora mais contido, quase sucumbe ao desespero.
Não fiquei chocada com o comportamento dos personagens. Cada um sabe o tamanho da sua dor...

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

"Fragmentos de um discurso amoroso"

"...O ser amado... parece então tomar a pulso afundar-me em meu delírio, manter e irritar o ferimento amoroso: ...o outro tenta me enlouquecer. Por exemplo: ... alterna atos de sedução e de frustração (procedimento normal da relação amorosa); passa sem aviso prévio de um regime a outro, do carinho íntimo, cúmplice, à frieza, ao silêncio, à despedida...
Em suma, o outro não cansa de me recolocar em meu beco sem saída..."



"MUTISMO. O sujeito amoroso se angustia pelo fato de o objeto amado responder parcimoniosamente, ou não responder, às palavras (discursos ou cartas) que ele lhe destina."



Nem preciso comentar hehehe...


"IMAGEM. No campo amoroso, os ferimentos mais profundos vêm mais daquilo que vemos do que daquilo que sabemos."


Sentado ao lado dela, conversando (apenas conversando, meu bem).


Nem sei por que falo/escrevo tanto.
Nenhum comportamento/sentimento é inédito mesmo!
Ah, como já devem ter percebido, estou relendo

“Fragmentos de um discurso amoroso” de Roland Barthes. As passagens entre aspas são compilações do livro.

P.S.

"E se o N.P.Q. fosse um pensamento tático (finalmente um!)? Se eu continuasse querendo (se bem que secretamente) conquistar o outro fingindo renunciar a ele? Se eu me afastasse para possuí-lo mais seguramente? O reverso (jogo no qual vence aquele que ganha menos mãos) repousa num trunfo bem conhecido dos sábios ("Minha força reside em minha fraqueza")... "

N.P.Q. = Não querer possuir

Campanha WWF 2007

Money makes the world go around...

sexta-feira, 9 de novembro de 2007


Foram necessários muitos acasos, muitas coincidências surpreendentes (e talvez muitas procuras), para que eu encontrasse a Imagem que, entre mil, convém ao meu desejo. Eis o grande enigma do qual nunca terei a solução: por que desejo esse? Por que o desejo por tanto tempo, languidamente?
Roland Barthes


N. está apaixonada!
Quem não está, não pode entender!
É contemporâneo desprezar as paixões; encarar como doença, ou, pior, tentar chamar a pessoa a uma outra realidade. Quem nunca ouviu alguém dizer que fulano ou sicrano tem esse ou aquele defeito e que a pessoa não deveria se envolver. Como se fosse questão de escolha...
Aliás, está na moda achar que tudo é questão de escolha. Os analistas adoram isso! Preste atenção em suas escolhas...
Escolha?
Pois escolha conscientemente um homem ou mulher que tenha todas as qualidades que você considera importantes em um relacionamento. Quando digo qualidades, refiro-me a todos os aspectos da vida: família, profissão, saúde, temperamento, aparência física, nível sócio-econômico, interesses, etc... Nada pode ser diferente do que você esperaria . Afinal, é uma escolha!
Apaixone-se por essa pessoa e faça com que se apaixone por você!
Não vale se não for meticulosamente planejado, não vale sentir-se atraído primeiro e depois achar tudo maravilhoso! Já não terá sido escolha.
Agora olhe para a pessoa por quem já estava encantado(a) antes. Aquela cuja presença é a mais gostosa do mundo, mas que tem alguns, ou muitos senões.
Esqueça!
Troque!
Boa sorte!

domingo, 4 de novembro de 2007

Há aves que se alimentam de migalhas e de grãos. Preferem os últimos por serem mais nutritivos.
Há humanos que não se conformam em ficar aterrados, então forjam asas com o melhor material que encontram, e buscam o mesmo alimento.
Não é tão fácil para um humano, quanto para uma ave, distinguir, do alto, migalhas de grãos. Porém, quando o que se quer é voar, sempre vale a pena, com mais ou menos energia.
Há humanos que pagam pra ver.