Observação: Qualquer semelhança com pessoas ou fatos reais terá sido (ou não) mera coincidência!

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

"Fragmentos de um discurso amoroso"

"...O ser amado... parece então tomar a pulso afundar-me em meu delírio, manter e irritar o ferimento amoroso: ...o outro tenta me enlouquecer. Por exemplo: ... alterna atos de sedução e de frustração (procedimento normal da relação amorosa); passa sem aviso prévio de um regime a outro, do carinho íntimo, cúmplice, à frieza, ao silêncio, à despedida...
Em suma, o outro não cansa de me recolocar em meu beco sem saída..."



"MUTISMO. O sujeito amoroso se angustia pelo fato de o objeto amado responder parcimoniosamente, ou não responder, às palavras (discursos ou cartas) que ele lhe destina."



Nem preciso comentar hehehe...


"IMAGEM. No campo amoroso, os ferimentos mais profundos vêm mais daquilo que vemos do que daquilo que sabemos."


Sentado ao lado dela, conversando (apenas conversando, meu bem).


Nem sei por que falo/escrevo tanto.
Nenhum comportamento/sentimento é inédito mesmo!
Ah, como já devem ter percebido, estou relendo

“Fragmentos de um discurso amoroso” de Roland Barthes. As passagens entre aspas são compilações do livro.

P.S.

"E se o N.P.Q. fosse um pensamento tático (finalmente um!)? Se eu continuasse querendo (se bem que secretamente) conquistar o outro fingindo renunciar a ele? Se eu me afastasse para possuí-lo mais seguramente? O reverso (jogo no qual vence aquele que ganha menos mãos) repousa num trunfo bem conhecido dos sábios ("Minha força reside em minha fraqueza")... "

N.P.Q. = Não querer possuir

2 comentários:

Anônimo disse...

Eliana,


esse livro é fantástico!

Aliás, para mim, Barthes todo é muito bom.

Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as.

Abraços, flores, estrelas..

Lidiane disse...

Nessa seara, prefiro só ler e ouvir, a comentar.
;)
Por enquanto.

Beijoca.