Observação: Qualquer semelhança com pessoas ou fatos reais terá sido (ou não) mera coincidência!

terça-feira, 30 de outubro de 2007


“Eu quase desejo não ter entrado na toca do coelho...mas, mas, é tão curioso, sabe, esse tipo de vida! Eu queria saber o que pode ter acontecido comigo. Quando lia contos de fada, ficava imaginando que esse tipo de coisa nunca acontece e agora estou aqui no meio de um! Deveria haver um livro escrito sobre mim, deveria sim! E quando crescer vou escrever um...mas...eu já cresci...”

Alice no País das Maravilhas
Lewis Carroll

A felicidade não precisa necessariamente estar onde aprendemos. Para quem tem coragem existem diversas vias alternativas. O problema é quando se erra. Sim, porque todos erram, mas, quando erramos tentando seguir caminhos tradicionais, temos de lidar só com a frustração. Porém, quando erramos tentando reinventar a vida, aí, além da frustração, vêm as críticas, algumas bem cruéis. Nesse caso é inevitável pensar que talvez tivéssemos sido mais felizes fazendo o que todo mundo faz! Bom, com o tempo aprende-se que isso é uma bobagem sem tamanho! Pois sigo em meu caminho inventado e reinventado, ajustando o rumo aqui e ali, sempre que meu coração solicitar!

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Adão do "Prosa Eletrônica" me passou uma tarefa. A brincadeira consiste em pegar o livro mais próximo, abrir na página 161 e escolher a quinta frase completa.
Estou lendo Zorro, de Isabel Allende, então é definitivamente o livro mais próximo. Eis:

"Seu povo considerava as crianças uma benção, e um ventre seco era motivo de divórcio, mas Ramón a amava muito."

Com o perdão da má palavra, alguém só pode estar de sacanagem comigo...




Adão, muito obrigada pelo selo que aqui exibo com orgulho! Vou visitar, em breve, os blogs sugeridos por você! Tenho certeza de que vou gostar muito!

domingo, 14 de outubro de 2007

Outubro

Outubro iniciou bem! A princípio não pressenti o perigo, houve apenas uma leve inquietação quando uma amiga querida, que não me procurava há algum tempo, ligou para saber como eu estava! Encarei como carinho e não pensei mais nisso! Depois vieram alguns dias difíceis e uma tristeza que me colocou de cama por todo um fim de semana prolongado! De início associei a tristeza aos eventos da semana, mesmo achando um pouco estranho, já que problemas acontecem de vez em quando, mas não costumam me derrubar!
O que clareou tudo foi essa mania de escrever. Já estava quase dormindo quando me bateu uma vontade enorme de aprisionar, ou libertar – vai saber - sentimentos em frases. Como não dava para ligar o micro àquela hora, peguei um caderno velho que estava largado em cima da mesa do escritório e um lápis quase sem ponta e os levei para debaixo das cobertas. Tratei de colocá-los para trabalhar, ainda que quase dormindo. No dia seguinte comecei a ler o que havia rabiscado de forma um pouco confusa e algo gritou pela minha atenção. Entre coisas ininteligíveis estava escrito com clareza:
“Como se outubro estivesse apenas me espreitando para que tudo recomeçasse”.
Lembrei, então, o motivo da minha dor! Outubro realmente aguardava, quase em silêncio, como uma bomba relógio tic-taqueando em meio à algazarra de um shopping center. O destino que havia sido escrito meses atrás e que eu havia tentado burlar com numerosas atividades prazerosas... pois outubro esteve à espera a maior parte do ano de 2007, e teria me engolido caso uma frase rabiscada em um papel, minutos antes de dormir, não me trouxesse consciência do que eu havia enterrado por tantos meses!
Outubro ainda não me pegou!
Que o ano de 2007 termine bem!

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

"Quando te vi, eu bem que estava certo de que me sentiria descoberto..."

Não me interessam os amores fugazes, a quantidade, as conquistas rápidas. Não! Gosto dos amores longos. Gosto de descobrir aos poucos uma pessoa; passar pela atração violenta, idealização, decepção e reconstrução de uma imagem mais afim da realidade. Gosto de ir descobrindo o ser amado real, o dia-a-dia, as qualidades, os defeitos...ver o amado em sua humanidade. Leva tempo isso, descobrir a humanidade de alguém. Gosto de, depois de muito tempo, olhar uma pessoa e pensar: você é diferente do ser que a minha paixão idealizou; é real, é melhor, é pior, é mais...e eu te amo!