Observação: Qualquer semelhança com pessoas ou fatos reais terá sido (ou não) mera coincidência!

sábado, 11 de novembro de 2006

Homenagem a quem finalmente viu...

Pois é, minha amiga, atualmente você sabe do que ele gosta, o que o atrai, o que causa medo.
Por muito tempo, esse conhecimento esteve no centro das suas buscas. Como almejou possuir o precioso conhecimento que permitiria conquistá-lo.
Você é muito transparente, ele nem precisaria ser especialista em comportamento humano para enredá-la, desde o inicio. Para ele foi fácil; a você só restou observá-lo atentamente, durante meses, como a aluna mais aplicada... Finalmente tem algo que poderia usar, FINALMENTE!
Mas...incrível! Detestaria usar!
Quanto mais percebe o que ele quer, e que você não é, mais se gosta!
Não que não se admirasse antes, mas pensava apenas no que queria ser, nunca no que detestaria ser!
Descobriu que se gosta exatamente como é!
Não gosta nem um pouco da mulher que ele quer!

5 comentários:

Anônimo disse...

Bárbaro isso.
É assim mesmo que tem de ser.

Beijoca.

Adam Flehr disse...

...E então todo conhecimento resultou inútil... e o amor que ela via no espelho era mero reflexo de seus íntimos anseios...


Beijos,

Eliana Tavares disse...

Adão, o seu comentário me fez lembrar dessa poesia:

Conta a lenda que dormia
Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
De além do muro da estrada.

Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.

A Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera,
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.

Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado,
Ele dela é ignorado,
Ela para ele é ninguém.

Mas cada um cumpre o Destino
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.

E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora,

E, inda tonto do que houvera,
À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia.
(Fernando Pessoa)

Anônimo disse...

Meu Deus!!
QUe espetáculo!!!
Queria tanto ter o dom das palavras e poder me expressar assim!!
Beijos.
Te amo minha amiga.

Rossana disse...

Amiga
Vou tentar tb.. só que to apanhando.
Como faço pra colocar o link pro seu blog e pro do Adão???
BUÁAAAAAAAA