Observação: Qualquer semelhança com pessoas ou fatos reais terá sido (ou não) mera coincidência!

domingo, 27 de maio de 2007

Permitido Emocionar

Primeiro foi o filme! Finalmente fui ver Proibido Proibir. Tudo bem, isso já foi semana passada, mas não havia tido tempo de comentar ainda.
Emocionante! Emocionante! O cara conta uma história triste, que acontece o tempo todo ao nosso lado, uma história muitíssimo triste, de uma forma bela! Belíssima!!!! E garanto, atinge mais fundo que qualquer documentário sobre o abandono, a exclusão, a profunda injustiça social que abraça uma enorme parte do conjunto de pessoas da nossa cidade! Atinge muito mais porque vem vindo devagarinho, você ri aqui, se emociona um pouquinho ali, e quando percebe, a realidade já invadiu, e você nem teve tempo de se defender e então você nem quer mais se defender. E aquelas pessoas se tornam suas amigas, seu problema, e você fica pensando em fazer alguma coisa. Só não sabe o que. Forma mais fantástica de contar uma história triste!
Tem a questão do personagem: ele realmente me lembra muito alguém, muito mesmo! Com a diferença de que esse alguém tem 25 anos a mais que o personagem! Mas isso não é ruim! Talvez se esse alguém crescesse, virasse apenas um velho ranzinza! Vai saber...
Depois veio o outro acontecido. Estava sentada esperando uma pessoa. Próximos a mim estavam um ator conhecido, alguém que parecia sua mãe e outra pessoa que eu diria ser sua irmã. Pois a irmã recebeu um telefonema e começou a tecer elogios a um filme. Os elogios utilizavam termos técnicos. Não entendo nada de cinema: vejo, me emociono ou não e pronto! Mas sabia de que filme ela estava falando ainda que ela sequer houvesse citado o nome, a história ou qualquer personagem: ela falava de Proibido Proibir!
Quando desligou, pedi licença (sou assim, um tanto espaçosa) e perguntei se era realmente desse filme que ela falava!
Era mesmo e ela falava com o diretor, seu amigo. Não falava com ele há bastante tempo e só então tivera a oportunidade de comentar sobre o filme. Conversamos um pouco e então a pessoa que eu esperava chegou.
Pensei de novo no alguém que o personagem me lembra. Ele certamente teria gostado muito de estar lá e participar daquela conversa...

3 comentários:

Celso disse...

Uma obra de arte vale pela emoção que nos causa. Se o filme é realmente bom, quando as luzes se apagam no cinema, o mundo real se apaga junto, e vivemos o mundo que existe na tela. E se a gente se identifica com o filme tudo isso é ainda mais vivo. É por isso que eu não levo pipoca nem refrigerante para o cinema. Durante o filme o lado de cá da tela não deve existir. Agora, se o filme não valer a pena, aí eu vou comer pipoca lá fora.

Rossana disse...

Um bom filme!!! Sempre um excelente ensinamento e mais um tijolinho a ser acrescentado na construção de nossa "casinha".
Bjsss

Anônimo disse...

Voc/ê só indica filme bom.
Quero ver.

Beijo.