Lembro de quando falava para J..., durante os seus dias difíceis, que ela não era aquela “inhazinha” que pensava. Que aquela não era a pessoa que eu tivera a oportunidade de conhecer quando, quase uma menina ainda, se jogou no mundo e sobreviveu. Talvez as palavras não tenham causado muito efeito na época, mas o fato é que a vida fez com que voltasse a mostrar a moça forte que era.
Pois chega a minha vez de lembrar. O problema de passarmos algum tempo confortavelmente protegidos é sermos tomados por uma preguiça enorme, uma vontade poderosa de ficarmos sentados à sombra lendo e comendo maçãs, enquanto alguém vigia o horizonte para afastar os predadores.
Infelizmente, ou felizmente, sei lá, a sentinela se foi e os meus joelhos enferrujados precisam movimentar-se. Pois que as maçãs dêem lugar às tintas de guerra e os livros às armas, e que os santos protetores das damas com frescura possam lembrar-me da mulher que se esconde nessa pobre e lamurienta mocinha abandonada.
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Ando precisando de sonhos...
5 comentários:
e o mais interessante é que me parece bem...
Eu tinha um professor muito louco que nos ensinou que a liberdade esta dentor da nossa cabeca.
Voce pode rodar o mundo mais se a sua cabeca nao acompanhar o mundo nao sera nada.
Voce pode ficar escondida no sei canto comendo macas e a sua cabeca rodar o mundo e voltar.
O importante e ser feliz do jeito que a gente acha melhor , protejida ou nao.
bjs.
E eu de viver a realidade.
Beijos, querida.
Claro que tudo que disse à J... fez total diferença!!! Vixe Maria como ela precisava se lembrar disso!!! Como foi duro e bom ouvir!!!
Mas, taí... a vida vai andando, os caminhos se alargam e se estreitam diante de nós, e nosso dever é aprender a se adaptar a cada passo.
Em alguns momentos do caminhar a névoa se acentua e não sabemos nem para onde seguir. Mas paulinho já dizia: "faça como velho marinheiro que durante o nevoeiro leva o barco devagar"! Tudo se ajeita... desde que o barco ande!!!
Só não vale perder o foco do que realmente vale a pena. Na névoa, vale até voar com ajuda de aparelhos (filhos são ótimos instrumentos), mas o foco tem que estar num caminho que te leve para fora, para o céu límpido. Quanto mais fundo na tempestade, pior ela fica!
Anda! Canta! Dança!
Força amiga!
Ando precisando tirar a fantasia da pobre e lamurienta mocinha abandonada.
Já é tempo de voltar ao que era!
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Querida, tudo o que escreve me toca profundamente.
B-joletas
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