Observação: Qualquer semelhança com pessoas ou fatos reais terá sido (ou não) mera coincidência!

sexta-feira, 14 de março de 2008

Nem sempre moinhos de vento

Lembro de quando falava para J..., durante os seus dias difíceis, que ela não era aquela “inhazinha” que pensava. Que aquela não era a pessoa que eu tivera a oportunidade de conhecer quando, quase uma menina ainda, se jogou no mundo e sobreviveu. Talvez as palavras não tenham causado muito efeito na época, mas o fato é que a vida fez com que voltasse a mostrar a moça forte que era.

Pois chega a minha vez de lembrar. O problema de passarmos algum tempo confortavelmente protegidos é sermos tomados por uma preguiça enorme, uma vontade poderosa de ficarmos sentados à sombra lendo e comendo maçãs, enquanto alguém vigia o horizonte para afastar os predadores.

Infelizmente, ou felizmente, sei lá, a sentinela se foi e os meus joelhos enferrujados precisam movimentar-se. Pois que as maçãs dêem lugar às tintas de guerra e os livros às armas, e que os santos protetores das damas com frescura possam lembrar-me da mulher que se esconde nessa pobre e lamurienta mocinha abandonada.


..................................................................



Ando precisando de sonhos...


5 comentários:

Rossana disse...

e o mais interessante é que me parece bem...

Marcia. disse...

Eu tinha um professor muito louco que nos ensinou que a liberdade esta dentor da nossa cabeca.


Voce pode rodar o mundo mais se a sua cabeca nao acompanhar o mundo nao sera nada.

Voce pode ficar escondida no sei canto comendo macas e a sua cabeca rodar o mundo e voltar.

O importante e ser feliz do jeito que a gente acha melhor , protejida ou nao.

bjs.

Lidiane disse...

E eu de viver a realidade.

Beijos, querida.

Joyce Rocha disse...

Claro que tudo que disse à J... fez total diferença!!! Vixe Maria como ela precisava se lembrar disso!!! Como foi duro e bom ouvir!!!
Mas, taí... a vida vai andando, os caminhos se alargam e se estreitam diante de nós, e nosso dever é aprender a se adaptar a cada passo.
Em alguns momentos do caminhar a névoa se acentua e não sabemos nem para onde seguir. Mas paulinho já dizia: "faça como velho marinheiro que durante o nevoeiro leva o barco devagar"! Tudo se ajeita... desde que o barco ande!!!
Só não vale perder o foco do que realmente vale a pena. Na névoa, vale até voar com ajuda de aparelhos (filhos são ótimos instrumentos), mas o foco tem que estar num caminho que te leve para fora, para o céu límpido. Quanto mais fundo na tempestade, pior ela fica!
Anda! Canta! Dança!
Força amiga!

Tamara Queiroz disse...

Ando precisando tirar a fantasia da pobre e lamurienta mocinha abandonada.

Já é tempo de voltar ao que era!

.......
Querida, tudo o que escreve me toca profundamente.

B-joletas