
Outro dia estava dirigindo, ouvindo Epitáfio, do Sérgio Britto e me dei conta de que sempre valorizei viver de de forma a não me arrepender na velhice, não me arrepender do que não tivesse vivido. Lembrei do que é importante para mim, do que tem de ficar na minha mente, do que sempre busquei... Voltando à música, o que tenho dificuldade é aceitar a vida como ela é, especialmente no que se refere à parte do “a cada um cabe alegrias e a tristeza que vier”- não estou falando de alegrias, é claro! Nessa mesma tarde tocou um sambinha no rádio e alguém bateu no vidro do carro. Quando virei a cabeça vi um catador de papel, uniformizado, carregando seu carrinho, sorrindo para mim com a boca desdentada e fazendo um sinal com a mão, sinal que estava aprovando a música que eu ouvia. Não pude deixar de pensar que a vida é boa ao sorrir de volta. Ao chegar em casa recebi a visita de três senhoras amadas, minha mãe, minha madrinha e minha sogra. Logo após uma amiga telefonou para dizer que havia finalmente conseguido trabalho. Essa amiga estava passando por dificuldades financeiras muito grandes.
Sim, a vida é boa, e se ainda não está tudo certo é porque ainda não chegou ao final de cada episódio, porque no final senhores, dá tudo certo!!!