Observação: Qualquer semelhança com pessoas ou fatos reais terá sido (ou não) mera coincidência!

sábado, 25 de dezembro de 2010

Mal passava os olhos pela desordem e tornava a se concentrar no livro de fotografias. Era assim, comendo rabanadas, tomando café, perdendo-se nas imagens... assim era feliz e em paz. O livro fora presente de quem podia compreendê-la. Alma naturalmente gêmea, porque só adivinhamos o que sentiríamos. Deixava as cortinas fechadas, porque descansava do verão; da exuberância que não combinaria com a paz imperativa no momento. Andava em época de fotos em tons de cinza, de ouvir piano, de usar louças antigas... época de descanso de todo aquele muito que habitava além da janela. A bagunça do quarto ainda não a incomodava, porque sempre podia descansar os olhos no livro de Doisneau. Mais tarde talvez arrumasse tudo, mais tarde enfrentaria o azul cegante e os afetuosos sorrisos natalinos. Agora só queria inventar histórias para as suas fotos. Alguém a presenteara de Deus.

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