Observação: Qualquer semelhança com pessoas ou fatos reais terá sido (ou não) mera coincidência!

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Cena real de novela mexicana

...Se puder esqueça a menina que você seduz...
(Último Blues - Chico Buarque de Holanda)

Eu, já irritada com uma conversa estranha, conversa totalmente fora de tempo e lugar:
-Eu não te amo, sinto muito! E se você continuar com esse papo vou começar a acreditar que você me amou esse tempo todo!
Ele balança um sim com a cabeça e começa a cantar baixinho.
Eu:
-A forma como você me perseguiu todos esses anos! Como eu não enxerguei? Você nunca deixou de sofrer! Você abriu mão de amor....mas, por que?!?!?
Ele:
-Você ia acabar me dando um fora!
Eu:
-Como você podia saber???
Ele:
-Você teria sido feliz comigo?
Eu:
-Por algum tempo sim. Até quando? Quem pode saber???? Meu Deus, como não percebi??? Mas, não importa, de qualquer maneira faz tempo que não te amo mais!!!
Ele:
-Então, foi pior pra mim, não?
Eu:
Agora sim, mas, na época foi terrível para os dois!!! Eu era muito jovem... você partiu meu coração...eu não te perdôo por isso!!
Lágrimas nos olhos dele enquanto canta “Eu sei que vou te amar”.

Saio irritada, pensando no que não disse, no que eu realmente não perdôo, que é ter passado tantos anos da minha vida achando que me havia enganado. Que não sei perceber a diferença entre um homem que ama e um que apenas deseja.

3 comentários:

Adam Flehr disse...

Eliana,

Recorro ao Pessoa, num verso que se lido atentamente, tem mais de um significado:

"Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena..."

Que o mar seja grande!

beijos,

Celso disse...

A vida é feita de escolhas, e em muitas delas, seja qual for a decisão que tomamos nos arrependemos. O passado já está construído, criemos o futuro.

Beijos

Naeno disse...

Feridas de amor também são tratáveis. Basta que cidemos delas, e dependendo da gravidade, da intensidade, porque os sitomas são sempre os mesmos, é só descobrir o melhor jeito, e não esquecer de ser disciplinado quando tomamos as doses diárias do medicamento. A possibilidade do perdão, quando se vê franqueza naquilo que o outro dis e nos dedicarmos a perceber se os sintomas se igualam. Daí, a retirada do emplastro, a desconfiança, o despreso, que já deve ter sido trabalhado, oxigenará muito o nosso cérebro, e um retorno não é mais impossível.
Um beijo
Naeno