Observação: Qualquer semelhança com pessoas ou fatos reais terá sido (ou não) mera coincidência!

terça-feira, 29 de abril de 2014

Sem você

Minha casa tem uma cara colonial. Brasileira, madeira, branco, azul. Na sala falta cortina, o banheiro precisa de jeito, ando habitando bastante a cozinha com copos, cremes, formas e morangos. O fogão tem saleiro de porcelana ao lado, com a palavra “sal”, que é pra não confundir. Vontade de encher a parte de cima da pia de azulejos coloridos... Em cima da mesa de centro, na sala, tem o meu retrato sorrindo, a foto da felicidade quando um dia me alcançou. Fica ali pra me lembrar.
Minha casa tem filho, planta, gatos, sofá branco, chão de taco, tapete de barbante, almofada xadrez. O quarto tem letras de musicas penduradas nas paredes, letras que combinam com o sorriso da sala, são pedaços dos meus sorrisos materializados. Tem livros, música, travesseiros, edredom. Minha casa é quente, minha casa é fresca, tem cinza, tem cor, castiçais, velas, moringa. Minha casa tem amor e tem dor, e tem fantasmas também.

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